Joy, almoçou rapidamente naquele dia. Como de costume uma das estagiárias da área chegou e estava consternada, ao olhar para ela seus olhos marejaram. Joy, se aproximou dela e perguntou se ela estava se sentindo bem e se gostaria de conversar.

Elena, falou para Joy que não sabia por onde começar a conversa, que se sentia muito feliz mas ao mesmo tempo triste e nervosa com o que tinha para falar. Elena então contou que estava feliz porque havia passado numa primeira fase de um concurso super difícil e concorrido, que haveriam outras etapas mas para assumir o estágio lá teria que sair da empresa. Ela estava muito triste por esse fator.

O concurso significava muito para Elena, era a realização de um sonho. Ela estava sofrendo muito, pois as outras etapas do processo exigiriam bastante estudo e engajamento dela e ela não sabia se “daria conta” da faculdade, concurso e atividades de estágio.   

Joy ouviu atentamente Elena e ficou muito feliz por ela, pela sua dedicação e preocupação com um sistema maior, a equipe da qual fazia parte. Ao final da conversa, Joy combinou com Elena que iriam juntas expor a questão para o time para que todos pudessem fazer uma “força-tarefa” e apoiá-la nas atividades, caso fosse necessário.

Já na reunião com o time, Caio, o outro estagiário mostrou-se feliz mas com entonação sarcástica sobre a  conquista de Elena, ao final da reunião pediu para falar apenas com a gestora e mostrou seu desconforto, colocando que achava injusto uma sobrecarga de trabalho para ele e outras pessoas da equipe em função de algo que era apenas para o bem de Elena.

Para Elena, a emoção alegria estava atendendo as necessidades de propósito, realização, significado. Para Joy, a emoção alegria estava atendendo as necessidades de celebração, empatia, conexão.

Para Caio, a emoção raiva (demonstrada pelo tom sarcástico) mostrava que ele NÃO estava atendendo as suas necessidades de realização e propósito e ao ver a colega conquistá-las sentiu-se furioso, chamando isso de “injustiça”.

Nessa situação podemos perceber que as pessoas reagem a um mesmo evento de forma muito diferente. Notem que mesmo tendo as mesmas necessidades (realização e propósito), Elena e Caio, tiveram comportamentos distintos.

A diferença é que quando conhecemos e atendemos nossas necessidades somos mais coerentes com nós mesmos e nossas intencionalidades.

Quando não conhecemos ou ignoramos nossas necessidades sofremos mais, tornamos as decisões mais difíceis de serem tomadas, potencializamos sentimentos e geralmente expressamos nossos sentimentos por emoções contrárias a que sentimos. Como no caso de Caio, sendo sarcástico.

Identificando emoções: Alegria
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